Dom Fernando Arêas Rifan
Diferente do que foi enfatizado pela mídia na visita à África ano passado, o Santo Padre confirmou as posições da Igreja Católica e as linhas essenciais de seu compromisso para combater o terrível flagelo da AIDS.
Para a Igreja, a prioridade é: a educação na responsabilidade das pessoas no uso da sexualidade e a reafirmação do papel essencial do matrimônio e da família;
A pesquisa e a aplicação de tratamentos eficazes para a AIDS e colocá-los à disposição ao maior número de doentes através de muitas iniciativas e instituições de saúde;
E a assistência humana e espiritual aos enfermos de AIDS, assim como de todos os que sofrem, e não a opção exclusiva pela difusão de preservativos.
A distribuição de preservativos, como solução para o problema, insinua e inclui como pressuposto a promiscuidade, uma das principais causas da AIDS, convidando ao desregramento sexual.
O fim bom não justifica utilizar meios perversos. Evitar a AIDS é ótimo, mas fomentar a promiscuidade é péssimo.
Não se estaria utilizando um inibidor para a AIDS – o preservativo – que, em última análise, pode se tornar causa desta mesma doença? E depois chamam de irresponsável a quem dá um grito de alerta.
O Papa João Paulo II já havia advertido: “o uso dos preservativos acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo”. Propagar a promiscuidade é um meio de propagar a AIDS.
Dr. José Maria Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Médicos Católicos (FIAMC), explica que a Igreja defende a fidelidade, a abstinência e a monogamia como as melhores armas. Obviamente, diz ele, a Igreja não está dizendo que se pode manter todo tipo de relações sexuais promíscuas, com a condição de não utilizar o preservativo.
E a Igreja não está sozinha nessa linha de pensamento.
O eminente descobridor do HIV, Luc Montagnier, indica como deveria ser o combate a AIDS: “são necessárias campanhas contra práticas sexuais contrárias à natureza biológica do homem. E, sobretudo, há que educar a juventude contra o risco da promiscuidade e o vagabundeio sexual”.
Dr. Edward C. Green, médico antropólogo, diretor do Projeto de Pesquisa para a Prevenção da Aids do Centro Harvard, com 30 anos de experiência na área, confirmou que o Papa está correto na sua afirmação de que a distribuição da camisinha exacerba o problema da AIDS. “O Papa está correto,” disse Green na entrevista de 18 de março do passado na National Review Online, “colocou as coisas no melhor caminho, a melhor evidência que nós temos apóia os comentários do Papa”. “Há”, acrescentou Green, “uma consistente associação mostrada por nossos melhores estudos, incluindo o Demographic Health Surveys, entre a maior avaliação e uso de camisinhas e a mais alta (não a mais baixa) taxa de infecção por HIV. Isto pode ser devido em parte ao fenômeno conhecido como compensação de risco, que significa que quando alguém usa uma ‘tecnologia’ de redução de risco como a camisinha, essa pessoa frequentemente perde o benefício (a redução do risco) por compensar ou ter maiores chances do que alguém teria sem a tecnologia de redução de risco”.
FONTE : http://www.cnbb.com.br/site/articulistas/dom-fernando-areas-rifan/2586-o-papa-e-a-aids
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