quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Papa na Grã-Bretanha e a “cobrança” de entradas para os eventos públicos.



Essa “cobrança” é fruto da pressão da sociedade inglesa diante dos altos custos da viagem e da crise que o pais vive.

O Vaticano acolheu a sugestão tendo em vista o bem maior que será a visita do Papa e as condições econômicas dos Ingleses que, apesar da crise, continuam sendo um dos povos mais ricos do mundo.

Ressalte-se também que ninguém deixará de participar já que não é uma entrada mas uma doação, pessoas que eventualmente não disponham do dinheiro não deixarão de participar.


Comentário: Shalom - Carmadélio

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Abaixo reportagem que saiu na revista veja.

Os católicos terão que desembolsar até 30 euros (cerca de 70 reais) para assistir às missas celebradas pelo Papa Bento XVI durante sua visita à Grã-Bretanha, que ocorrerá entre os dias 16 e 19 de setembro.
O preço inclui transporte até o local do evento e um “kit peregrino”: uma pequena sacola com mapas, um CD comemorativo e um cartão postal. As Igrejas Católica da Inglaterra e do País de Gales confirmaram o pagamento da taxa nesta quarta-feira e disseram que se trata de uma doação. No total, 70.000 bilhetes serão colocados à venda.

A missa mais cara será a de domingo, dia 19, em Birmingham, no centro da Inglaterra. Na cerimônia, será beatificado o cardeal John Henry Newman, um protestante convertido ao catolicismo que morreu em 1890. A celebração também contará com um show da cantora Susan Boyle e o ingresso custará 30 euros.

A missa mais barata será a do dia 16 de setembro em Glasgow, na Escócia, oferecida por 24 euros (56 reais). Já a contribuição para a vigília organizada no Hyde Park em Londres no dia 17, durante a qual o trio de sacerdotes “The Priests” fará um concerto para 130.000 pessoas, será de apenas 6 euros (14 reais), mas sem incluir o ticket transporte.

Para o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, citado pelo jornal italiano Il Corriere della Sera, trata-se de “uma simples contribuição para as despesas gerais”. Segundo ele, “aqueles que não puderem pagar ficarão isentos”. No entanto, o religioso não informou como os peregrinos desafortunados poderão justificar e comprovar sua situação financeira.

As dioceses da Igreja Católica na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia devem dar uma contribuição para ajudar nas despesas das viagens de carro, explicou uma porta-voz da Igreja. “Cada diocese está livre para propor uma maneira de contribuir para os fundos, a maioria decidiu repassar o pedido de contribuição para os fiéis”, disse.

O orçamento da visita papal, que segundo a imprensa britânica deverá chegar a cerca de 27,4 milhões de euros, criou polêmica na Grã-Bretanha. Só o governo vai desembolsar 14,5 milhões de euros (33,5 milhões de reais), além dos gastos com polícia e segurança. Em um país que contabiliza 4,2 milhões de católicos em 61 milhões de habitantes, os fiéis excluídos das celebrações poderão se consolar comprando lembrancinhas na internet. Estarão à venda camisetas com o rosto do papa por 22 euros (51 reais), rosários por 18 (42 reais), velas por 3,60 (8 reais) ou ainda xícaras de café por 12 (28 reais).

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