terça-feira, 25 de maio de 2010

Grécia: “Nos últimos dez anos, os católicos na Grécia tiveram um aumento de 700%, passando de 50 mil para 350 mil.



O motivo deve ser buscado na imigração sucessiva à queda do Comunismo de poloneses, romenos e albaneses, na entrada da Grécia na União Européia, na instabilidade política do Oriente Médio e na elasticidade do governo de conceder vistos de entrada no país para filipinos, africanos e indianos.” Foi o que revelou à agência Sir, durante uma entrevista, o Presidente dos bispos gregos, o Bispo de Syros, Dom Frackiskos Papamanolis.

“Uma situação – disse o prelado – muito boa mas que cria também diversos problemas que nós enfrentamos em um recente encontro nacional dos sacerdotes gregos realizado em Santorini”.

O fenômeno da imigração, explicou Dom Papamanolis, “mudou a imagem da Igreja Católica na Grécia. Cerca 80% dos católicos na Grécia são imigrantes de várias nações”. E isso apresenta, antes de tudo, o problema da língua: “apesar da maior parte dos nossos fiéis, também imigrantes, falar o grego, existe porém uma porcentagem considerável, especialmente de anglófonos, que não fala o grego. Nasce então a dificuldade na escolha do pároco a ser enviado às comunidades, na comunicação e nas celebrações litúrgicas”. Da parte nossa, explica Dom Papamanolis, “essa situação impõe uma mudança de mentalidade”.

“Não é fácil – sublinha o bispo – fazer entender aos nossos fiéis mais idosos que os imigrantes católicos são também membros das nossas comunidades e que o cuidado pastoral deve também se estender a eles. Nos fiéis gregos, se verifica um tipo de xenofobia inconsciente que em algumas paróquias levou à diminuição da sua presença na Santa Missa.

Além do mais, no campo ecumênico, persiste nos fiéis imigrantes, especialmente naqueles de países de maioria católica, uma certa adversidade pelos não-católicos. Isso não faz bem às boas relações com os ortodoxos”. Para enfrentar esses problemas, “estamos procurando valorizar as forças que temos, seja de pessoal, seja de lugares de culto. Nestes anos, vieram para nos ajudar mais de 30 sacerdotes provenientes de outros países. Porém, a falta de padres é ainda muito grande”, destacou o prelado.

Rádio Vaticano

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