A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano reconheceu, nesta terça-feira (26), um milagre atribuído a Irmã Dulce em 2001. Essa era a etapa que restava para a religiosa ser considerada beata. Agora, para ser canonizada, será necessário comprovar um segundo milagre. O processo de canonização deve ser anunciado pelo Papa Bento XVI até o Natal, segundo informações de dom Geraldo Majella, arcebispo primaz do Brasil.
Em junho deste ano, fiéis fizeram vigília na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Salvador, em homenagem a irmã Dulce, que morreu em 1992 e é conhecida como Anjo Bom da Bahia.
De acordo com representantes das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), o milagre é relativo a uma mulher que chegou a ser desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia pós-parto, em 2001, no interior da Bahia.
Análise científica
O médico Sandro Barral, um dos investigadores e peritos que confirmaram o milagre, considerou o feito preternatural (quando a ciência não explica). A agraciada e a criança permanecem com a identidade sob sigilo, por recomendação do Vaticano.
Dom Geraldo Majella fala sobre beatificação de Irmã
Dulce (Foto: Divulgação/Ciro Brigham/Ascom OSID)
“Foi um caso de pós-parto, onde a paciente apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável. Em um período de 18 horas, por exemplo, ela chegou a passar por três cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, a hemorragia subitamente parou e a paciente passou a ter uma impressionante recuperação”, disse Barral.
Segundo a Osid, para ser beatificada, o processo da freira baiana foi analisado por um grupo de teólogos, em seguida por peritos médicos e cientistas e, por fim, pelo colegiado de cardeais e bispos do Vaticano. Em todas as três etapas, o milagre atribuído a Irmã Dulce foi confirmado, por decisão unânime.
G1
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