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Etapa: Obras na Avenida Amaral Peixoto foram suspensas em 30 de novembro |
Volta Redonda
As obras de revitalização da Avenida Amaral Peixoto foram suspensas em 30 de novembro, conforme havia sido acordado entre a prefeitura e os comerciantes, para não atrapalhar as vendas de Natal no centro comercial, um dos mais tradicionais de Volta Redonda.
E com o prazo para a suspensão das obras cumprido, fica evidente um fator importante, ressaltado por todos os envolvidos na obra: a transparência e a parceria que foi feita entre os comerciantes e a prefeitura - principalmente o IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano), responsável pela obra -, que permitiu com que todos os passos da obra fossem acompanhados pelos comerciantes que se interessaram, por meio das reuniões da comissão formada por representantes do comércio e dos órgãos públicos e empreiteiras envolvidas na obra.
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De acordo com o presidente do IPPU, Juvenil Alves Teixeira, a formação da comissão foi uma das primeiras preocupações da prefeitura, para dar transparência a todo o processo da obra.
- Um dos pontos que frisamos desde o início do projeto era a necessidade da participação dos comerciantes, e para isso pensamos que a formação de uma comissão (integrando comerciantes e agentes públicos) seria muito mais efetiva, porque evitaria a dispersão de informações e facilitaria a comunicação. Daí para frente foram feitas uma série de reuniões, mostrando todos os passos que foram tomados. Nenhum passo do projeto foi dado sozinho, tudo foi feito de comum acordo - ressaltou.
Na avaliação dele, a parceria foi proveitosa para todos os envolvidos.
- Os comerciantes funcionaram como parceiros, nos ajudando com informações, e a comunicação entre nós ficou em aberto, ou seja, poderíamos (IPPU) ser acionados a qualquer hora -, explicou, afirmando ainda que todos os comerciantes da Amaral Peixoto foram convidados a participar das reuniões.
Um dos comerciantes da Avenida Amaral Peixoto, proprietário de um centro automotivo, Félix Gomes Pelayo - que integrou a comissão que discutiu a obra - destacou a estratégia da prefeitura em ouvir os comerciantes da área.
- Houve uma preocupação muito grande do poder público em ouvir os comerciantes. O Juvenil (presidente do IPPU) estava muito atento aos anseios dos comerciantes. Fica muito claro a transparência, o canal aberto - disse, afirmando ainda que a obra vai transformar radicalmente a avenida:
- Com a obra finalizada, tenho a certeza de que a Amaral Peixoto vai virar um cartão postal. Depois de tantos anos, a prefeitura não poderia ter feito melhor escolha para revitalizar algum ponto da cidade, a Amaral Peixoto merece.
Aposta no retorno positivo
Sobre as críticas que a obra chegou a receber, por causa dos transtornos gerados, um dos comerciantes da Avenida Amaral Peixoto, proprietário de um centro automotivo, Félix Gomes Pelayo - que integrou a comissão que discutiu a obra - usou de uma comparação bem humorada para comentá-las.
- Para uma mulher sair bonita, tem um processo que não é muito agradável: ela põe bobs no cabelo, fica com os pés para o alto no salão, e isso ninguém percebe. Depois que ela está linda, toda arrumada, são só elogios. É a mesmo coisa, as críticas são naturais e eram esperadas, mas o resultado da obra com certeza vai ser muito bom - afirmou.
Pelayo disse ainda que aposta no retorno positivo da obra para os comerciantes da mais tradicional avenida de comércio de Volta Redonda.
- Não tenho dúvida que vai melhorar as vendas, mas os comerciantes precisam investir também. Não adianta a avenida estar bonita e os atendentes serem mal qualificados - observou ele, acrescentando:
- Temos que pensar que é um investimento e a Avenida Amaral Peixoto pode voltar a se tornar atrativa para investimentos. Parabenizo o governo pela iniciativa e o prazo bastante interessante da obra, com o custo controlado.
Outro comerciante da avenida, Romário Dantas Novaes, que representa uma rede de armarinhos da cidade, também destacou a intensa participação dos envolvidos no andamento da obra.
- A prefeitura nos procurou, mostrou o que ia fazer, e nos chamou para participar de todas as reuniões. A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) participou de todos os procedimentos - falou.
Ele destacou ainda o cumprimento dos prazos, e disse que obras do mesmo porte feitas em outros municípios do Rio duraram muito mais tempo.
- Em Nilópolis - temos comerciantes que participam do nosso grupo de trabalho que tem lojas lá - a obra levou 12 meses, e eles não conseguiram tampar todos os buracos. Em Petrópolis, na Rua Teresa, a obra levou um ano e oito meses. Então, acho que o nosso tempo aqui na Amaral Peixoto foi curto. Fiquei satisfeito com a obra, teve alguns transtornos sim, mas foi estabelecido um prazo e ele foi cumprido - apontou.
Novaes disse ainda que a revitalização da Avenida Amaral Peixoto pode trazer novas perspectivas para a área.
- Melhorando o visual da avenida, os comerciantes irão se unir e estamos propondo a padronização das marquises em toda a extensão da Amaral Peixoto - disse ele, que completou:
- Com essas ações, podemos nos tornar um polo fortíssimo de comércio na região. Agora, por exemplo, poderemos fazer nossas campanhas - de Natal, Dia das Mães, etc. - na rua, aproveitando o novo visual da avenida.
Obra será retomada em janeiro
O presidente do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano), Juvenil Alves Teixeira, disse que a obra será retomada em janeiro, e deverá durar mais três meses.
- Agora falta completar os dutos para a passagem dos cabos subterrâneos. Depois disso, faremos a retirada do cabeamento aéreo. A previsão de término da obra é março - explicou.
Ele disse que o trecho que será feito agora representa cerca de 30% das obras civis previstas.
- O trecho a ser feito agora vai do início da Avenida Amaral Peixoto até a Rua Nossa Senhora das Graças (subida para o Hospital São João Batista) - disse.
A obra está orçada em R$ 8 milhões e está sendo feita numa parceria entre a prefeitura - por meio do IPPU - e a Light. A revitalização tem como principal objetivo renovar o mais tradicional centro comercial da cidade, com a construção de um shopping (no terreno da subestação da Light que fica na avenida) e a implantação de cabeamento subterrâneo, retirando-se todos os fios e cabos aéreos do local.
DIÁRIO DO VALE
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